Um sistema versátil que sobrevive às custas da miséria

segunda-feira, 1 de junho de 2009 às 18:42

O Capitalismo é o atual sistema de quase todos os países. Somente Cuba e China ainda não o tem oficialmente, embora o último mantenha relações comerciais com outros países, um dos fatores que determinam o capitalismo.

Esse é um indício do que grandes pensadores, como Karl Marx, já haviam previsto: todo sistema poliico está fadado ao caos, e, consequentemente, ao fracasso. Muitos desses pensadores acreditavam que um sistema seria substituído por outro superior até que se completasse o ciclo novamente. Mas não necessariamente deve ser substituído por outro diferente. Ele pode ser re-estruturado .

A crise mundial que estamos enfrentando não é a primeira e nem será a última, até porque é das crises que ele sobrevive, para superá-las. Não só de suas crises, mas também do lucro obtido através da exploração de pobres. Eles vendem o tempo de trabalho de um mês por um preço que não compra o que produzem em um dia.  Assim fica difícil sustentar uma família com todas as suas necessidades básicas, aquelas que o governo deveria proporcionar para todos que pagam seus impostos como  a maioria dos brasileiros. Saúde, educação, lazer. E o governo não está tão preocupado em fazer essas pessoas crescerem, em dar motivação para isso em vez de esmola.

Os liberalistas diziam que o Estado era necessário apenas para manter a ordem, que não deveria interferir em questões econômicas para o bom andamento dela. Porém o que vemos hoje é a interferência do governo em tudo o que envolve poder e dinheiro. Os políticos, a maioria deles, cultuam o individualismo sobre qualquer valor. Não são capazes de um gesto de consideração a menos que isso lhe traga votos ou mais poder. Eles são pagos para assegurar os direitos dos cidadãos que estão na constituição, e não para dar um golpe na confiança de seus eleitores.

Com isso, a família brasileira vai perdendo sua esperança em um país mais justo, vai perdendo sua identidade e passa a criar uma geração cada vez mais desconfiada e acomodada. Com pouco, ou nenhum valor ético e moral. Os jovens que deveriam lutar como aqueles que pintaram as faces pela democracia do voto direto, lavam as mãos para os absurdos que acontecem dia após dia no nosso cenário político. Esses jovens deveriam lutar por um país tão diversificado como o nosso, para que seja exemplo de igualdade, se rendem à aculturação imposta pelos “grandes peixes”. Peixes esses que se esforçam apenas para manter a hegemonia do poder. E a justiça, que em tese deve ser aplicada igualmente a todos os brasileiros, sejam eles pobres, ricos, negros, brancos, amarelos, pardos, mulatos, é burlada pela sociedade elitizada do jeitinho brasileiro.

Mas o que se espera de uma massa aculturada que prefere ver as novelas que fantasiam o real, a abrir os olhos para os abusos do dinheiro publico? Do dinheiro que damos ao governo para que ele nos assegure como manda a lei?

Algumas pessoas até mesmo tentam crescer pelos próprios méritos , mas o governo só faz dificultar essa evolução, criando leis e documentações irrelevantes, que nada tem a ver com o propósito de quem está tentando começar o negócio. Mal vai o próprio governo, pois são esses os maiores consumidores do país, os que movimentam a economia, coisa que o nosso presidente Lula tem pedido aos brasileiros. Sobrevive aquele que pode pagar pela sua liberdade econômica, que pode subornar pessoas. E todo esse dinheiro da burocracia, para onde vai? Para os bolsos e cuecas dos ladrões engravatados?

Ainda que a cada dia percamos nossas esperanças e o funil das nossas escolhas por candidatos se estreite, somos um povo que vive de esperança. Todo dia cruzamos nas ruas com exemplos da superação do brasileiro. Mas sem saber identificá-los nos sentimos cada vez mais sozinhos nessa luta.

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